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Miscelânea intuitiva de gostos, sonhos, desejos, angústias, paixões e destemperamentos, e,porque não, de ódios, raivas e estresses... Miscelânea é assim: TEM DE TUDO!

Meu Diário de Bordo da solidão, meu painel de idéias e guia de entendimento, tudo misturado com humor, drama, terror, anti-corintianismo, sentimentos e doses homeopáticas de papo sério.

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quarta-feira, 29 de março de 2023

Finitude

Vez ou outra penso na vida, tanto a atual quanto a que já foi, e nesses momentos é impossível não olhar para aquela que talvez virá…

Estranho olhará para frente: não me vejo lá, não enxergo o futuro ao meu redor, só vou indo, indo, e vendo onde acaba essa loucura toda chamada VIDA.

Hoje é um daqueles dias que eu queria que não houvesse amanhã, não por estar triste ou fraco e sim por não ver sentido sequer no hoje, quanto mais ainda no que pode ser que venha! E, cá entre nós, coisa boa não vai vir, eis o que a experiência me ensinou nesses quarenta e tantos anos de vida.

Pessimismo? 

Não: realismo! O mundo tende ao caos, o que é “pra sempre” nasceu para ser quebrado e o eterno acaba ali na esquina.


Coisas boas acontecem mas são cada vez mais efêmeras, mais raras e mais caras. E tem dias que não estamos a fim de pagar o preço que custa dar um sorriso ou ter paz momentânea: minha experiência mostra que a cobrança vem a galope e bate de mão fechada!

Estranho isso: eu que sempre me achei um sonhador hoje quase não durmo com medo da realidade. 

Não que deixei de ser eu, de pensar diferente ou encarar brigas por minhas ideias, afinal, é minha essência preferir errar seguindo minhas convicções do que acertar ouvindo as convicções alheias, mas mesmo quando acerto percebo que o brilho não brilha tanto quanto antes, as cornetas não tocam tanto tempo e as palmas quase não existem. 

Nesse contexto sempre me pergunto o motivo de buscar uma vida longa e ficar por aqui 80 anos, e não vejo resposta. Viver para ver o que brilhava não brilhar? Para ter de, a cada vitória, ouvir os senões de quem não teve coragem de mudar?

Sei não, mas isso não eu pra mim. Parafraseando Raul:


Eu devia estar contente

Por ter conseguido tudo o que eu quis

Mas confesso, abestalhado

Que eu estou decepcionado


Porque foi tão fácil conseguir

E agora eu me pergunto: E daí?

Eu tenho uma porção

De coisas grandes pra conquistar

E eu não posso ficar aí parado


A grande diferença é que antes eu achava que tinha coisas grandes para conquistar, hoje estou pouco me fudendo com conquistas que não trazem paz…

Pois é, no final acabou saindo mais um post negativo, né?! Mas a ideia aqui sempre foi dizer o que sentia, se fosse para postar coisas fake eu tiraria fotos para o Instagram!


Desculpe aos incomodados: logo me retiro.

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