SOBRE O BLOG

Miscelânea intuitiva de gostos, sonhos, desejos, angústias, paixões e destemperamentos, e,porque não, de ódios, raivas e estresses... Miscelânea é assim: TEM DE TUDO!

Meu Diário de Bordo da solidão, meu painel de idéias e guia de entendimento, tudo misturado com humor, drama, terror, anti-corintianismo, sentimentos e doses homeopáticas de papo sério.

Chega junto, arruma um banquinho, senta aí e vem comigo!

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sábado, 6 de março de 2010

Home, sweet home

Estou deitado em minha cama de casal king-size, sozinho, depois de
quase 3 meses de ausência...
Meu Deus, que delícia! Como eu precisava disso, como precisava
estender-me, esticar-me, virar nesse mar de cama e poder relaxar...
Quanto precisava desse contato com os meus 7 travesseiros, desse
abraçar com meu edredom, desse sentir o vento do meu ventilador
batendo forte nas costas...
Como é bom fazer cocô em meu próprio banheiro, pentear os cabelos
olhando meu espelho, assistir tv vendo minha tv, usando meu controle,
assistindo ao meu filme...
Quanta falta senti do meu microondas com função crisp, do meu
home-theater, do meu som do forma de fantasma...
Meus livros, todos ali, me esperando, aquele cheiro familiar de papel
impresso, minha mesa levemente empoeirada pela falta de uso, folhas de
papel de rascunho jogadas por sobre ela, algumas canetas fora de
lugar, uma Exame virgem, pedindo para ser lida...
Apesar da solidão, acho que nunca curti tanto minha casa como hoje.
Olhei-a, senti-a, toquei-a, como não me lembro de haver feito antes.
Poderia ter saído, a noite prometia, o Captain Jack bombava, as
últimas 12 semanas seguidas passei trancado sozinho no final de
semana, mas minha cama, macia, cheirosa, minha, minha, minha, para eu
deitar em X, em Y, em Z, quando quiser, na hora que desejar, me trouxe
uma sensação de liberdade que há muito não experimentava, que Jack
nenhum, que lugar nenhum proveria essa noite...
Após três meses de trabalho como escravo branco, eis-me de volta a
minha casa, a minha vida, a minha paz... Sei que serão casa, vida e
paz diferentes das que deixei quando parti, mas sei que são minhas,
que não preciso provar-me para elas, e que mesmo temporária, era
exatamente dessa paz que eu preciso hoje, a paz silenciosa, a paz que
não cobra, a paz sem senões, sem talvezes, sem dúvidas e fins...
A vida é tão simples de ser vivida, mas as pessoas complicam tanto...
Então, como dizem os franceses:
VIVA LÁ LIBERTÉ!
--
Enviado do meu celular
Se antes de cada acto nosso nos puséssemos a prever todas as
consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas,
depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não
chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos
tivesse feito parar. JOSÉ SARAMAGO

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